Na verdade, o juiz de futebol tem problemas que ninguém tem. Ele, para exercer sua profissão, só tem dificuldades. A começar pela extensão do campo em que desenvolve sua atividade. Um campo de futebol tem de 100 a 110 metros de comprimento e uma largura que varia entre 64 e 75 mtros. Isso dá, uma média de sete mil metros quadrados para o chamado campo de jogo, e que está sob a responsabilidade do árbitro.
Os árbitros são iguais em todo o mundo. Aqui, como em qualquer parte, não há complacência com os árbitros. Não há tolerância, não há o mínimo de compreensão e boa vontade. O que foi um erro, não encontra a menor desculpa. Na maioria das vezes, até o que está certo não é aceito, e tido como errado. O bom arbitro é aquele que erra menos, que tem mais virtudes do que defeitos.
Os árbitros vivem por conta das simpatias alheias, dependem fundamentalmente da sorte, e só resistem os que possuem realmente qualidades excepcionais. Para a torcida, todos os árbitros são ladrões. Acreditamos que muitos deles não são santos, mas ninguém pode duvidar da integridade moral da maioria dos árbitros. Apenas, todos vivem sob uma pressão constante dos cartolas. Estes sim, são os grandes culpados de toda confusão que é criada dentro do campo. Eles invadem o gramado, xingam o arbitro, fazem confusão, e no final, culpam a arbitragem pelos erros de sua equipe. Quando dirigentes e jogadores não querem, não há árbitro que leve a partida até o seu final. Seria bom que antes de chamar o arbitro de ladrão, torcedor ou dirigente se colocasse em seu lugar. Não é fácil ser árbitro de um esporte tão apaixonante como o futebol.
A EVOLUÇÃO DAS REGRAS DO FUTEBOL
1870 – Tem que haver três adversários entre o atacante e a meta para não estar em impedimento.
1871 – Surge a figura do árbitro de futebol. Mas, ele fica fora do campo.
1873 – É inventado o escanteio. Antes, bola pela linha de fundo era falta.
1878 – O árbitro começa a usar o apito.
1880 – O tiro de meta anula o impedimento.
1891 – Um barbante é usado como “travessão”.
Aparece o pênalti. Ainda não existe a marca de cal. O cobrador pode bater a infração em qualquer ponto distante 11 metros da meta.
O árbitro passa a trabalhar entre os jogadores e surgem os bandeirinhas.
1907 – Jogador em seu próprio campo não está impedido.
1913 – Os goleiros ficam proibidos de pegar a bola com a mão fora da área.
Acaba o impedimento na cobrança do pênalti.
1925 – O atleta que tiver dois adversários à sua frente não está mais impedido.
1935 – Testada na Inglaterra a arbitragem com dois juizes. A idéia não vingou.
1938 – A Internacional Board atualiza a redação das leis do futebol. Elas passam a ter dezessete regras.
1968 – A FIFA oficializou as substituições. Duas por equipe.
1970 – São usados pela primeira vez, na Copa do México, os cartões vermelhos e amarelos.
A FIFA propõe o fim do sorteio nas partidas empatadas e a definição do
vencedor sai nos pênaltis.
1990 – Não há mais impedimento se o jogador estiver na mesma linha que o penúltimo adversário.
1991 – O mundial Juvenil, na Itália, testa a zona de impedimento: só está fora de jogo o atleta colocado dentro da linha traçada a 16,50 metros do gol, a extensão da linha da grande área.
1993 – Criada a área técnica para os treinadores.
A morte súbita estréia no Mundial de Juniores da Austrália.
O mundial sub 17, no Japão, testa o arremesso lateral com os pés.
A experiência continuou nos anos seguintes na Segunda Divisão do campeonato belga.
1995 – A circunferência máxima da bola é reduzida de setenta e dois
centímetros para 70 centímetros.
No Mundial Feminino, na Suécia, e no Mundial Masculino Sub 17, no Equador, é testado o tempo técnico durante as partidas.
1997 – O Torneio Rio São Paulo experimenta o limite de faltas individuais (cinco eliminam o atleta por cinco minutos) e coletivas (na décima quinta a equipe é punida com um tiro livre sem barreira, na entrada da grande área).
OUTROS DETALHES IMPORTANTES
1863 – Sem riscas, sem traves. O futebol começou como pelada.
1891 – Surgem três riscas paralelas linha de fundo. A primeira assinala a grande área, domínio do goleiro. A do meio marca o local de onde o pênalti podia ser cobrado. Depois virou marca do pênalti. A última risca, os cinco metros e cinqüenta centímetros até onde o goleiro podia avançar na hora do pênalti.
1901 – A pequena área ainda é a junção de dois meios círculos, traçados num raio de cinco metros e cinco centímetros a partir da trave. É a área na qual o goleiro podia se movimentar na hora do pênalti.
1937 – O campo como o conhecemos hoje surgiu nos anos trinta e deve permanecer por outras tantas décadas.
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